Somos todas icebergs e é justamente isso que vai nos levar além. Entenda um pouco mais sobre a teoria do Iceberg e como isso irá impactar sua liderança!
Imagine que todas nós somos únicas, plurais e profundas. Afinal, somos todas mulheres complexas em nossas singularidades. Você já parou para refletir o que tem nas suas profundezas? Quais emoções, sentimentos, características lá habitam? E de onde vem?
Pois é, existem várias teorias psicológicas que explicam tudo isso.
Gosto muito da Janela de Johari que me faz analisar de tempos em tempos como anda o meu autoconhecimento na vida pessoal, profissional e como líder do futuro. E por que a líder do futuro?
Porque a líder do futuro olha para si, para suas fortalezas, suas áreas de melhoria e mais que isso, está aberta a se desenvolver constantemente porque sabe que viver é uma evolução constante.
Somente a liderança que se conhece profundamente, que sabe o que gosta, o que não gosta, o que tolera, o que não tolera consegue se moldar, pois se permite aplicar os conceitos de liderança situacional para aprender com as experiências, por exemplo:
- Líder coach;
- Líder visionária;
- Líder servidora;
- Líder comando e controle.
Ter essa consciência e clareza de pensamento permite que a gente conheça quem realmente somos e em quais momentos. Essa mesma líder desenvolve a sua autoliderança para ser o melhor exemplo para o seu time.
E o que a Janela de Johari tem de tão especial?
- Ela engloba o que é conhecido pelo eu e pelos outros (eu aberto);
- O não conhecido pelo eu e conhecido pelos outros (eu fechado);
- O não conhecido pelos outros e conhecido pelo eu (eu secreto);
- O não conhecido pelos outros e nem por mim (eu desconhecido).
E por que é tão importante tentar entender o que está por trás do desconhecido?
Porque é justamente aí que está o ponto de virada, pois é onde mora o nosso mindset fixo. É neste ponto debaixo do iceberg, do não dito, do não sabido que moram os hábitos, os vieses inconscientes e as crenças limitantes. E muitas vezes, são características que nos influenciam negativamente e que se as conhecemos, podemos ressignificar e/ou desenvolver características melhores e mais conscientes.
É aí que viramos o jogo e é aí que preparamos o nosso mindset para o sucesso!
Costumo dizer que clareza e consciência são as virtudes mais importantes para uma líder porque saber o que pensamos, porquê pensamos e como pensamos nos torna seres humanos melhores e consequentemente, melhores profissionais.
E se você quer ser a sua melhor versão como líder inspiradora para você mesma e para as pessoas ao seu redor, invista tempo e energia em descobrir quem você é e quem você pode se tornar. Não há característica que não possa ser trabalhada.
“Conhece a ti mesma”
Um dos aforismos mais conhecidos da história diz tudo em tão pouco. Comece com você, a partir daí fica muito mais fácil entender as pessoas ao seu redor, seu time, seus clientes, inclusive o porquê você gosta ou não gosta delas. É desafiador, mas é possível trazer tudo isso para o consciente.
A liderança humanizada é sobre a líder que se conhece, que é humana, que acolhe e que demonstra um estágio de consciência mais elevado para si mesma e com os seus liderados.
A Teoria do Iceberg criada por Hemingway diz que a parte omitida de suas memórias é o que fortalece a história, assim como o iceberg, mas eu digo e insisto:
“É justamente o que está debaixo do iceberg que vai te levar além.”
Sobre a autora:
Antonella Satyro é apaixonada por pessoas, experiências, desenvolvimento humano e viagens. Canceriana com ascendente em áries bastante inquieta e idealista de um mundo mais humano. Humaniza & acelera pessoas, líderes, organizações e start-ups.
CEO da Future Skills Education e do Human Skills Manifesto, é mentora, consultora, advisor, palestrante internacional e professora de habilidades do futuro, liderança, liderança feminina, inovação, humanização, RH humanizado e estratégico. Angel investor, conselheira consultiva de start-ups e aceleradoras do Brasil, futurista de carteirinha.
Escritora do livro: “todas as emoções deste mundo: um despertar para o autoconhecimento no Caminho de Santiago de Compostela”.