Desde os tempos mais antigos, o papel social da mulher era visto apenas como dona do lar, mãe, onde a feminilidade era tida como fragilidade e se entendia que o único trabalho que uma mulher poderia exercer direito, era dentro de casa com serviços domésticos e filhos. Mas, quando a liderança feminina começou e o que isso gerou de impacto no mercado? Continue lendo!
Saímos minimamente desse cenário, quando a 1° e 2° guerra mundial começou, fazendo com que os homens fossem à batalha, morrendo e dado a necessidade das famílias conseguirem se manter, as esposas e filhas assumiram o lugar dentro das empresas que antes, era apenas masculino.
Hoje conseguimos mais espaços, mais voz, mas o trabalho para a tão esperada equidade de gênero ainda vai longe. Segundo estudos feito pela Global Gender Gap, há uma demora de aproximadamente 100 anos para conquistarmos a equidade de gênero. Sabendo disso tudo, é importante entender o porquê é tão importante lutar por equidade e espaço dentro do mercado de trabalho.
Por que é importante que mulheres sejam líderes?
Apesar de elas serem a maior parte da população, no Brasil, as mulheres representam apenas 39,4% dos cargos de gestão, segundo dados do IBGE, isso se dá porque as expectativas impostas às mulheres devido à maternidade e aos padrões socioculturais que as sobrecarrega com os afazeres domésticos mesmo quando dividem a casa com um parceiro.
52% das companhias que têm mulheres à frente dos negócios apresentaram notas ESG elevadas, enquanto entre as lideranças masculinas o percentual foi de 48%. E, com mais pessoas do gênero feminino em níveis de conselho, a diferença é de 72% contra 24%., segundo pesquisas da FGV em 2022.
Segundo dados da Harvard Business Review de 2019, a diferença percentual quanto à resiliência era de 5,4% a mais para as mulheres. Além disso, dentre as 19 habilidades analisadas, elas dominam 17, com todas as pontuações acima dos 50%.
No artigo Gender Differences in Leadership também podemos ver que mulheres se comunicam de forma mais eficaz e funcional para o crescimento das empresas. Entre as lideranças femininas, os principais aspectos de sua comunicação foram: apoiador, recompensador e orientador. Por outro lado, a parte masculina da tabela foi preenchida com: resolutivo e delegador.
Visto isso, alguns pontos importantes de se salientar segundo pesquisa da consultoria de desenvolvimento de liderança Zenger/Folkman , são:
- Capacidade de tomar iniciativas;
- Agem com resiliência;
- Investem no autodesenvolvimento;
- Tem foco nos resultados;
- Tem alta integridade e honestidade;
- Promovem a equidade de gênero
- São naturalmente motivadoras da equipe
Qual é o impacto disso dentro do mercado?
O impacto da liderança feminina no mercado é expressivo quando pensamos em números, segundo um levantamento do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), é que o PIB mundial pode aumentar em US$ 28 trilhões até 2025 a partir de uma maior participação feminina na economia, isso equivale em real a mais de 140 trilhões.
Além disso, um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostrou que 75% de 13 mil empresas de 70 países tiveram resultados 20% melhores com mulheres liderando as companhias. Isso acontece porque as profissionais proporcionaram mais diversidade, criatividade e inovação aos negócios.
O que as empresas podem fazer para promover a liderança feminina?
Em pesquisa feita pelo Instituto Ipsos em parceria com os jornais Valor Econômico, O Globo, as revistas Época, Marie Claire e a ONG Will (Women in Leadership in LatinAmerica), sobre “Mulheres na Liderança”, 52% dos CEOs afirmam que o tema é prioritário, mas somente 26% das empresas que responderam a pesquisa possuem uma área dedicada a igualdade de gênero.
Ainda segundo esse mesmo estudo realizado pela ONG Women In Leadership In Latin America junto a Exame, dentro das empresas que mais promovem equidade de gênero e tem suas lideranças majoritariamente femininas, fazem algumas coisas que podem ser implementadas por outras empresas que desejam promover isso também.
- Criação de programas de mentoria, coaching e incentivo à participação de mulheres em cargos dominados por homens, para que haja referências em que as profissionais possam se projetar;
- Criação de um comitê focado em debater a liderança feminina e gerenciar as ações e envolvimento de altos cargos com o tema;
- Adoção de uma política formal de compromisso com a equidade de gênero e diversidade, também, com fornecedores;
- Acompanhamento da presença feminina por cargo e das causas da rotatividade por nível hierárquico;
- Inclusão de mulheres em processos de conscientização, além da criação de um canal de denúncia e combate à discriminação de gênero;
- Incentivo e apoio ao equilíbrio entre vida profissional e pessoal, flexibilizando a jornada de trabalho.
Com mulheres no comando, conseguiremos melhorar a diversidade, a inclusão de grupos minorizados tendem se tornar mais rápidas e eficazes e, além disso, cumpriremos com a responsabilidade de diminuir os gaps sociais de mulheres no mercado de trabalho e em cargos de liderança.
Com isso vamos criar uma sociedade justa e um mercado de trabalho mais equitativo e diverso. Beneficiando não só as mulheres, mas a sociedade como um todo. Se esse é um assunto importante para você, te convido a nos seguir nas redes sociais e acompanhar nossos conteúdos.